domingo, 21 de agosto de 2011

Quando Sopra a Brisa Norte



Ela sopra, novamente. Há outra vez a sua fragrância em meu redor, aquela que eu nunca consigo desmembrar e reconhecer os componentes. Será sempre aquele incógnita conhecida, a minha brisa norte.
Certamente que se inquirisse todos os que me rodeiam sobre o odor trazido por esse vento ligeiro, descreveriam-me todos os ingredientes da felicidade: sol, terra, chuva, sorrisos e risos. Contudo, a mim, cheira-me a tristeza e a saudade, cheira-me a ti.
Então fujo. Abrigo-me no meio das árvores que, no centro do nada em que me encontro, são o meu único socorro. Debaixo das suas copas, cheira-me menos a ti. Há menos brisa norte.

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