Hoje
somos uma memória
Somos
um momento preservado
Somos
algo a ser recordado
Respondemos
à convocatória
Dos
nossos sentimentos
Do
nosso tão não-amor.
Uma lembrança
de ti estará sempre associada a um sorriso e a uma lágrima. A verdade é que
nunca hei-de conseguir tirar da boca o gosto agridoce que lá deixaste. Por
vezes tão doce e depois tão amargo.
Ainda assim,
mantenho-te num lugar bem quente do meu coração. Um lugar onde te posso
confortar e te acolher. Um lugar onde não te posso beijar. Nesse lugar haverá
sempre limites, sempre barreiras inultrapassáveis.
Mas a culpa é
minha. Estava carente e necessitado do teu toque. Julguei que os teus beijos
seriam o remédio que acalmariam os meus batimentos cardíacos. Como pude
interpretar todas as pistas de forma tão errada? Parecia tudo tão certo que
nunca pensei estar enganado. Afinal, onde há fumo, nem sempre há fogo. Esta foi
a lição que me ensinaste.
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