Peguei no álbum que descansava no armário empoeirado. Pousei-o cuidadosamente no meu colo e desafiei-me a abri-lo. Com ele pude relembrar-me do passado. Com ele pude voltar a ler as linhas outrora escritas nas páginas da minha vida. Com ele pude recordar as alegrias, as tristezas, as festas, as saídas e tudo o mais.
Fiquei embrenhado nas recordações que ele me trouxera. Mas depois lembrei-me que não passavam disso: recordações. Lembrei-me que o importante é o futuro. Que o que está feito não pode ser mudado, no máximo, pode ser corrigido. Que as páginas que permanecem em branco precisam de ser preenchidas com muita mais urgência do que as escritas precisam de ser relidas.
Levantei-me. E ao levantar-me, deixei repousar, juntamente com o álbum, todas as memórias. Não as esqueci. Deixei-as guardadas para serem recordadas numa outra tarde chuvosa. E fui pensando no que escreveria nas páginas seguintes...
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