Abre os olhos. Ele é apenas mais um estranho nos teus braços. Tentas enganar o teu corpo, juntando o calor dele a ti mas, na verdade, o teu corpo reconhece-me e rejeita o calor desconhecido. Por mais tentativas que faças de te consolar no aperto dele, nunca ficarás satisfeita na totalidade, porque nós temos uma história e ele nunca será eu.
Passeias o teu olhar e os teus dedos delicados pelo corpo perfeito dele. Sei que ele é um regalo para ti. No entanto, todo esse cenário parece uma mentira descarada aos meus olhos. Sabes que lá no fundo, desejavas que ele, simplesmente, fosse outra pessoa.
Nesta encruzilhada sem destino, pede à tua alma que te guie. Perdeste-te no caminho do pecado e agora afundas-te com a culpa que te verga. Pensas que me fazes ciúmes com amores carnais mas és tu que morres por dentro com os meus sorrisos sem ti.
E com tamanho esforço, de fingida paixão, tentaste derreter-me o coração. Mas com tão fraca labareda, não conseguiste destruir a camada de gelo que o rodeia. E perdeste-te nos rumores de paixões ébrias de inveja e amores perdidos em dias de loucura. E, no final, eu peço a bênção a esses mesmos rumores.
Sem comentários:
Enviar um comentário