Porque
é que, por vezes, é tudo tão difícil?
Perdido
em pensamentos nocturnos, assombrado pelo brilho das estrelas e pelo emanar
pálido da lua, eu revejo tudo. Os pequenos e significantes fragmentos de
momentos marcantes que foram acontecendo, com maior ou menor frequência, ao
longo de toda a minha vida, tornam-se claros. Apenas por segundos parecem tão
vívidos que sinto que estou a revivê-los, um por um.
Nem
todas as recordações são boas. Ninguém as tem assim. Aquilo que guardamos, que
retemos no arquivo de memórias, são todos os acontecimentos importantes.
Alguns, ao serem novamente relembrados, deixam-me com um sorriso tolo nos
lábios; outros fazem-me derramar lágrimas de saudade e outros ainda fazem com
que eu leve uma mão ao peito, tentando conter a dor.
São
lições que a vida me ensinou, todas estas lembranças. Como uma mãe que leva o
seu filho pela mão, ensinando-lhe os seus primeiros passos, foi desta forma que
a vida me ensinou a viver. Foram pequenos conselhos sussurrados ao ouvido,
quando me sentia perdido. Foram ombros nos quais eu podia chorar e libertar as
mágoas. No fim, o que a vida me ensinou, é que viver não é fácil. Mas há que
lutar.
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