quinta-feira, 21 de abril de 2011

Página Rasgada

Restam em mim nenhumas incertezas. Sei, com certeza absoluta, quase divina, que eu quase que não existo para ti. Sou somente algo sujo e insignificante que adoras ter o prazer de eliminar da tua mente sempre que sou referido. Algo que gostas de recordar quando tens medo de errar, sendo exemplo da pior situação.

Por mais arrependido que esteja, as minhas desculpas nunca te hão-de chegar. Porque ergueste ao teu redor um muro impenetrável, uma defesa que eu não consigo quebrar. Por mais que insista, sei que as minhas palavras, apesar de puramente sinceras, não te arranhariam a compaixão.

Sou, resumindo, uma página rasgada do teu livro. Tens-me na mão, na dúvida de me amarrotares e me atirares para o balde, para junto do outro lixo ou de me juntares de novo à tua história. Eu tenho as desculpas que devias escutar para que pudesse fazer de novo parte de ti. Queres ouvi-las?

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