segunda-feira, 9 de maio de 2011

Poesia de uma Morte Desfeita!

Esta é para ti,
Que choras, porque morri
E continuo aqui.

Gastas lágrimas com facilidade
Pensando na tua infelicidade
Em como sentes falta de tudo
Em como o mundo, pra ti, é mudo.
Em como nada faz sentido
Em como está tudo perdido.
Quando, na realidade
Só estás de olhos fechados
Abre-os, vê a verdade
Nós não estamos cerrados.

Não estamos apagados
Deste mundo descolorido
Fomos mudados, transformados
Perdemos o tom garrido
Mas não nos extinguimos
Apenas, temporariamente, fingimos
Desvanecer o nosso ser
Fingir que conseguiamos morrer
E não suportar esta vida
Que outrora julgamos perfeita,
Não está mais que perdida,
Desmembrada, desfeita!

Imploro-te, não gastes mais sal,
Não suporto ver-te mal
Não quero que sofras
Por eu ter de sofrer
Não quero que morras
Por eu te ver morrer!

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