domingo, 3 de julho de 2011

Remoinho


Frágil. Tão frágil e fraco. Quase silêncio. Mas não o foi. Ouvi-o. Debilmente, mas ainda assim, escutei-o. Se o percebi? Não sei. Falaste pouco. Foste curto. Preciso de mais. Contudo, não sei se haverá continuação. Duvido agora. Terá sido real? Ou imaginação? Faltam-me provas. Necessito de mais palavras. Mas não sei se virão. Não sei se as dirás. Queres dizê-las? Pronunciá-las talvez? Quererei captá-las? Tenho medo. Medo e dúvidas. Estou perdido. Sem reacção. Que faço? Preenche-me uma indecisão firme. Quero-te? Não sei. Gostei de te ter. Odiei perder-te. Mas quero-te de volta? E tu? Queres voltar? Não sei se ainda há lugar para ti. Vago. Lugar vago. Queres ocupá-lo? Diz as palavras. Eu tentarei escutá-las. Profere-as. Acho que tenho receio do teu silêncio. Isto significou algo? Ou é uma ilusão minha? Estou confuso. Perdi noção. Perdi-te a ti e a mim. Voltas para eu regressar? Por favor...

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