quarta-feira, 4 de julho de 2012

O Meu Tipo de Amor





Sabes como me sinto de cada vez que te vejo perdida, sem rumo, apenas vagueando por entre as horas, numa tentativa de que elas somente passem, para que a noite chegue e te possas voltar a abrigar no conforto da escuridão? Sinto-me destroçado. Completamente incapaz. Contudo não te abandono. Ando às voltas contigo para que não te quebres, para que permaneças inteira.

Eu sei que não te posso comprar amor. Porque, se pudesse, o teu coração não seria uma peça de retalhos que eu constantemente tento remendar. Terias um coração perfeito, imaculado, nunca tocado pela tristeza. No entanto, dou-te pequenos goles do meu amor para que te mantenhas viva e consciente, para que não percas a clareza.

Quando te escorrem lágrimas pelas faces perco, momentaneamente, o meu raciocínio lógico. Como é possível que alguém como tu esteja tão submerso em tristeza para que atinjas este ponto? Nessas alturas digo-te a verdade, por mais que doa, porque sei que mentir-te seria duas vezes pior e só te fragilizaria.

No fundo, estou lá quando desistes de tudo. Quando cais no chão e prometes que nunca mais te vais levantar. Eu estou lá para te erguer, para suportar o teu peso. Estarei lá para te apoiar quando a situação se tornar pior do que alguma vez tinhas imaginado. Assim como serei o único que estará do teu lado, depois das tormentas, quando todos aqueles que julgavas serem teus amigos tiverem fugido. Porque este é o meu tipo de amor.

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