quinta-feira, 2 de junho de 2011

Fragilidade

Não, eu não vou sucumbir à tua vontade... Por mais que me tentes incutir que os teus mandamentos são os correctos, que os teus desejos são a vontade de uma nação, eu dir-te-ei: "Eu sou um homem que é uma nação só por si".

Menosprezaste-me... Trataste-me como se nada fosse, enquanto me querias. Lamento, mas pensei que soubesses que não me podes conquistar rejeitando-me. Não me podes fazer correr atrás de ti, abandonando-me, pois eu trilho o meu próprio caminho.

Julgaste-me fraco como todos os outros que fazias prisioneiros no teu castelo de contos-de-fada recheado de medos e cobiças. Eu sou muito mais que os escanzelados esfomeados de amor que atrais para lá com promessas de um final feliz. Muito mais.

Sou tanto quanto tu, não menos... Talvez um pouco mais... Não, somos tão iguais quanto diferentes! Queremos o mesmo, de diferentes maneiras. Não faço intenção de trocar o céu pelo mar para ter amor. Tu, por outro lado, venderias o paraíso ao inferno por tal presente.

Lamento, no final da nossa história. No final, lamento o princípio. Não queria que um conto destes figurasse no meu livro, mas tu escreveste-o contra a minha vontade. Presumiste a minha fragilidade, assumindo-a como trunfo na tua manga. No final da nossa história, não te perdi, mas tu perdeste-me.

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